* Palavra ministrada no Acampamento 2013 das Igrejas Eterna Aliança em Petrolina/Pe.
Leia João 4.1-26.
Na época de Cristo,
Israel era dividido em três grandes regiões: Judéia, ao Sul; Samaria no Centro;
e Galiléia, ao Norte. Era na Judéia que estava Jerusalém, o centro político e
religioso. Samaria e Galiléia, esta última de onde Jesus e grande parte de seus
discípulos vieram, eram regiões mais desprezadas. Sempre que se viajava da
Judéia para a Galiléia, passava-se por Samaria. Foi numa viagem dessas que Jesus, atravessando o território samaritano,
ao meio-dia, cansado, parou junto a uma fonte na cidade de Sicar. Aquela
era a Fonte de Jacó. Foi nessa parada
que Jesus teve contato com uma mulher samaritana que veio ali tirar água. Jesus
inicia um diálogo com ela pedindo água, pois não tinha como tirá-la do poço.
Nisto, veio uma mulher samaritana tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de
beber. Pois seus discípulos tinham ido à cidade para comprar alimentos. Então,
lhe disse a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, pedes de beber a mim, que
sou mulher samaritana (porque os judeus não se dão com os samaritanos)?
Replicou-lhe Jesus: Se conheceras o dom de Deus e quem é o que te pede: dá-me
de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva
(João 4.7-10).
Quando esta mulher foi
até aquele poço tirar água, ela encontrou a verdadeira fonte que é Jesus. Jesus é a Fonte, o Poço que sacia nossas
vidas. Ali, ao pé daquela fonte, ao
dialogar com esta mulher, duas barreiras foram quebradas:
- A barreira da
exclusão. Ele falou com uma mulher. Mulheres não eram
inclusas na sociedade da época. Não podiam opinar nem conversar com
estranhos. Jesus promove a inclusão
dos excluídos, daqueles que ninguém se importa (Salmos 113.7-9).
- As barreiras da alma.
Ele conversou com uma samaritana. Os judeus odiavam
os samaritanos, pois eles eram israelitas que não foram levados para
exílio pelos assírios e que se casaram com povos pagãos, portanto, aos
olhos dos judeus, uma raça mestiça, considerada inferior por eles. Em
contrapartida, os samaritanos eram ressentidos com os judeus. Jesus quebra as barreiras do
preconceito, ódio e da amargura (ressentimentos). Você pode estar aqui
hoje machucado, ferido, se sentindo mal amado ou a pior pessoa do mundo,
mas Jesus te acolhe (Salmo 147.2-4). Ele nos ensina a perdoar, levantar
nossa cabeça e seguir em frente.
Jesus disse que Dele, a
Fonte, jorra água viva. De água viva era
chamada naquela época as águas potáveis. Essas águas eram tiradas de poços
profundos. Muitas fontes têm dado água
contaminada. São as fontes que jorram pecado, medo, desprezo e miséria.
Muitas vezes você tomou água dessas fontes, mas não saciou sua sede. Quem se aproxima de Jesus e vai fundo em
Sua Palavra, tem água potável, que é a Salvação. A salvação aqui na Terra do
medo, do desprezo e da miséria e, por fim, a Vida Eterna.
Respondeu-lhe ela: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é
fundo; onde, pois, tens a água viva? És tu, porventura, maior do que Jacó, o
nosso pai, que nos deu o poço, do qual ele mesmo bebeu, e, bem assim, seus
filhos, e seu gado? Afirmou-lhe Jesus: Quem beber desta água tornará a ter
sede; aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede;
pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida
eterna. Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água para que eu não mais tenha
sede, nem precise vir aqui buscá-la. (João 4.11-15).
Depois do diálogo com
Jesus e de perceber que Jesus a conhecia intimamente, ela o reconhece como um agente
de Deus. A partir daí ela demonstra querer ir mais profundo ainda à fonte. Agora, não mais saciar a sede, mas conhecer
a mais intensa, forte e íntima água da Fonte que é Jesus: o verdadeiro
significado da adoração, que é adorá-Lo em espírito e em verdade (ver João
4.19-26). Darlene Zschech, líder do Hillsong United, o maior ministério de
louvor do mundo, disse que “Adoração é o
resultado do glorioso encontro entre o divino e o humano”. Segundo as
palavras de outro pensador: “A verdadeira
adoração é uma combinação de sacrifício e intimidade”.
Duas profundas verdades
acerca da adoração:
- A verdadeira
adoração move o Coração de Deus (Mateus
15.21-28);
- A verdadeira
adoração nos leva a fazer todas as coisas como se fosse para Jesus,
passamos a viver tudo para a Sua Glória. Paulo
disse: Já não sou eu quem vive, mas
Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé
no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim
(Gálatas 2.20); A Bíblia, na paráfrase The Message (A Mensagem), diz: Pegue a sua vida diária e comum – seu dormir,
comer, trabalhar e passear – e ponha diante do Senhor como oferta (Romanos
21.1).
Conhecer Jesus é
sinônimo de preenchimento de um vazio que é tão grande que só Ele pode saciar.
Quando saciados, Ele nos leva a um estágio ainda mais profundo e intenso que é
viver a adoração como um estilo de vida.
Pr. Enádio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário