terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Lugar de Decisão



     Ler Deuteronômio 1.19-33.

As Escrituras sempre nos encorajam a conquistas na vida. Infelizmente, muitos vivem na pobreza espiritual e na derrota porque deixam de se apossar de tudo quanto Deus preparou para uma vida vitoriosa. Preferem abrir mão da luta, ao invés de encarar os desafios, passando a viver na mediocridade. Isto é evidente no texto que acabamos de ler. Como eram grandes as promessas do Senhor para os hebreus! Presenciaram a manifestação de Deus no Egito, que os libertou com a Sua mão poderosa, após quatro séculos de escravidão, para transformá-los numa nação cheia de esperança no futuro. Eles iriam desfrutar de uma terra deleitosa, produtora do melhor que Deus poderia oferecer! Mas, não, preferiram se acovardar e conviver com a mesmice e com insignificância.

Após saírem do Egito, o povo hebreu se acampou aos pés do monte Horebe, onde Deus deu a Moisés as tábuas da Lei, partindo depois dali e passando a se acampar em Cades-Barnéia, Este lugar é um vale coberto por vegetação, que fica no deserto de Zim; era um pequeno oásis, que na estação chuvosa, se tornava bem irrigado e fértil. Ali, eles permaneceram por 37 anos. Era bem aquém da Terra da Promessa, que “manava leite e mel”, mas já era um lugar bem melhor do que o Egito. Dali o povo não mais prosseguiu. Deus tinha um lugar de sonhos para eles, mas eles se contentaram com o mínimo.

Em Cades-Barnéia foi o cenário da rebelião de Coré, dos murmúrios do povo e do florescimento da vara de Arão (Números 16–17). Foi perto dali que Moisés feriu a rocha e a água jorrou (Números 20:7–11). Foi também dali que Moisés enviou os doze espias, para olhar a terra de Canaã e prestar um relatório sobre o lugar e como chegar até lá. Mesmo reconhecendo que a era uma “terra dos sonhos”, dez dos doze espias voltaram de Canaã temerosos com os habitantes da terra, contaminando o povo de medo e pessimismo. Foi neste momento que eles tomaram a decisão de não prosseguir a caminhada rumo a Terra Prometida. Cades-Barnéia foi o lugar de decisão. Não de uma decisão de prosseguir e conquistar as promessas de Deus, mas a decisão de permanecer no pequeno e limitado lugar que era muito menor do que estava preparado logo adiante.

Todos nós chegamos, na vida, a um lugar de decisão. Num momento que devemos escolher prosseguir a caminhada ou ficar paralisado, condenado a viver preso à insignificância.

Não foi assim com alguns homens de Deus que a Bíblia relata. Nas Escrituras encontramos fatos narrados de personagens que saíram da insignificância para a notoriedade, após tomar uma decisão de desafiar. Dentre muitos, posso destacar:

* O valente GIDEÃO – Não se conformou com o domínio do inimigo, e mesmo sendo a pessoa menos importante de uma família simples, topou liderar seu povo na luta contra os invasores midianitas. Após a extraordinária vitória, foi feito chefe de seu povo (Juízes 6.11 até 8.28);
* O destemido DAVI – Ousou duelar com o grande soldado filisteu Golias, pois não suportou ver seus irmãos israelitas serem humilhados e o Seu Deus insultado. Resultado: ganhou como recompensa riquezas, isenção de impostos para a família e a mão da filha do rei (1 Samuel 17);
* O devotado NEEMIAS - Preferiu voltar e reconstruir os muros Jerusalém acima de qualquer “causa de alegria” pessoal, deixando o cargo de copeiro do rei persa Artaxerxes. A recompensa foi poder levar o povo judeu a não só reconstruir os muros da cidade, mas também os da suas próprias vidas (Livro de Neemias);
* A rainha ESTER – Alcançou a significância dos judeus exilados quando, de forma ousada, arriscando a própria vida, interveio junto ao rei pelo seu povo, condenado ao extermínio (Ester caps. 3 a 8).

E você? Qual a sua decisão? Ir adiante, para as conquistas e notoriedade ou ficar no medo ou pessimismo, que a mediocridade e pobreza espiritual?

Para você sair da pobreza espiritual e da insignificância, você precisa:

DECIDIR ESCOLHER ENTRE A ADORAÇÃO E O PECADO.
O profeta Elias indagou aos israelitas nestes termos: “Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o SENHOR é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o” (1 Reis 18.21). Era um momento de decisão para eles, que estavam duvidosos e em pecado. Elias queria levá-los a reconstruir um altar de adoração a Deus em suas vidas.
Você também é hoje desafiado a escolher se queres adorar a Deus e ser levado à Sua Presença, com paz interior e consciência limpa ou aceitar se satisfazer com as migalhas que o diabo dar, em formas de prazer transitório, satisfação efêmera e glória terrena, neste mundo que “jaz no maligno” (1 João 5.19).

DESAFIAR O IMPOSSÍVEL.
Nada acontecerá se você ficar parado. As promessas de Deus se concretizarão, mas para isso acontecer, você precisa parar de se lamentar e viver na mesmice. Saia da toca! Vá além dos limites. Após a morte de Moisés, Josué conduziu o povo hebreu à conquista de Canaã, realizando o impossível, que era ultrapassar as muralhas de Jericó e vencer os dominadores da terra, e isso tudo com a sobrenatural mão de Deus (Livro de Josué).
Não fique estático, Deus te conduzirá em triunfo. Por isso, ore, persevere, creia e ande!

DECIDIR ENTRE A VIDA E A MORTE.
O que é que você deseja na eternidade? Viver ao lado do Pai na Glória ou descer ao Inferno e viver para sempre em meio às dores e ao desespero em saber que a chance foi perdida. Decida hoje que caminho tomar: o Caminho da Vida (Jesus) ou o caminho da ilusão em achar que, no final, Deus vai salvar a todos (Deuteronômio 30.19).

Os hebreus saídos do Egito tiveram a chance de desfrutar de uma vida além do que puderam sonhar, mas não conseguiram vencer a si próprio, pois a incredulidade e as dúvidas criadas nos seus corações os impediram de prosseguir além de Cades-Barnéia. Num lugar em que teriam que decidir pelo melhor, eles escolheram a mediocridade.

Seja você conhecido como um dos corajosos, que vai além e escolhe adorar a Deus ao invés de comer as migalhas de Satanás. Seja um dos que desafiam as impossibilidades e decide trilhar o Caminho da Graça, enquanto outros estão paralisados e enganados pelos cantos e encantos desta terra corrompida.

                                     Naquele que decidiu morrer por mim e por você,
                                                                                                                        Pr. Enádio.


Jacobina/BA - Presente e Passado















Testemunho Poderoso!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Alcançando o Lugar de Desejo



Ou é pelo teu mandado que se remonta a águia e faz alto o seu ninho? Habita no penhasco onde faz a sua morada, sobre o cimo do penhasco, em lugar seguro. Dali, descobre a presa; seus olhos a avistam de longe. Seus filhos chupam sangue; onde há mortos, ela aí está (Jó 39.27-30).

Gostaria de discorrer com você acerca do desejo da águia de estar onde deseja. No final do versículo 30 da passagem acima mencionada nos exprime que onde há mortos, ela aí está (v 30b). Ela caça os mais diversos tipos de animais. Entre alguns outros ela se alimenta de pássaros, morcegos, coelhos, toupeiras, ratos e répteis. Além disso, ela pode também se alimentar de carniça. É por isso Jó, ao fazer esta observação sobre a águia afirmou que onde está a comida, ali ela estará.

Esta característica da águia é tremenda. Ela águia só encontra comida porque dia a dia batalha por ela. É a luta pela sobrevivência. Ela sai à procura, usa sua incrível visão, percebe a presa, voa em direção a ela e alcança. O que ela deseja ela busca, o que busca alcança.

O que você tem desejado na vida? Você tem batalhado por isso? Tem multiplicado esforços na direção do que se busca? Você tem buscado isso no Senhor? Há um propósito nisso? Quais são os seus planos para que isso aconteça? Alguém já disse que no único lugar que sucesso vem antes de trabalho é no dicionário! Seu esforço para alcançar o seu lugar de desejo dependerá da sua caminhada em duas direções: a primeira, em direção ao Senhor e, a segunda, em direção àquilo que se deseja. Fico imaginando a águia. É algo puramente da minha imaginação. Quando a águia sai á procura de seu alimento, fica observando lá do alto criteriosamente. A sua visão é de longo alcance. Digamos que de lá de cima ela vê um toupeira. Ela daí se inclina um pouco mais para cima e depois desce a uma velocidade absurdamente incrível em direção àquela presa. Alcança a presa de repente, sem que a mesma nem sequer esboce qualquer reação. Agora pense comigo: você tem estado à procura de algo melhor para sua vida, de um crescimento na sua vida profissional e financeira, desejoso por uma conquista no âmbito familiar, sentimental e até espiritual, você precisa primeiro se inclinar um pouco mais para o alto, trazendo a presença de Deus para o seu empreendimento. Quando mais subimos, mais forte será a nossa descida rumo à conquista daquilo de se deseja.
Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais. Então, me invocareis, passareis a orar a mim, e eu vos ouvirei. Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração. Serei achado de vós, diz o SENHOR, e farei mudar a vossa sorte (Jeremias 29.11-14b).

Após subir à presença de Deus, você precisa “arregaçar as mangas” e lutar. Lembro-me de Calebe. O seu desejo era Hebrom. Este monte foi prometido por Moisés como recompensa à sua fidelidade quando, junto com Josué, creram que o Senhor os faria entrar na Terra da Promessa e vencer seus inimigos (Números 13 e 14). Por quarenta e cinco anos Calebe esperou pela promessa. Nunca esmoreceu, nem fraquejou, mas todo este tempo esteve envolvido nas batalhas de Israel na tomada de Canaã. Ao final desses quarenta e cinco anos, ele declarou a Josué:
Estou forte ainda hoje como no dia em que Moisés me enviou; qual era a minha força naquele dia, tal ainda agora para o combate, tanto para sair a ele como para voltar. Agora, pois, dá-me este monte de que o SENHOR falou naquele dia, pois, naquele dia, ouviste que lá estavam os anaquins e grandes e fortes cidades; o SENHOR, porventura, será comigo, para os desapossar, como prometeu (Josué 14.11-12).

Olha a disposição deste velho homem em querer lutar por aquilo que desejava! Ele aqui já contava com 85 anos de idade. Mas a força e disposição eram de um jovem. Jovens, aprendam com este homem! O seu desejo por Hebrom era tão forte ele não via empecilhos, nem nos gigantes e nem nas cidades fortificadas. A autorização da posse foi dada por Josué, mais ele foi lá conquistá-la.

O nome Calebe significa corajoso ou capaz. A sua coragem e insistência marcou a sua história de conquista. Que você possa tomar posse desta palavra na sua vida e alçar grandes voos como as águias em direção ao seu lugar de desejo.

A águia está onde deseja está. É o lugar de desejo. Todos nós temos um lugar do desejo. Este lugar pode ser um desejo de Deus para nós. Esse lugar pode representar algo de necessidade, ou algum sonho não realizado ainda. Para alcançar o lugar de desejo você precisará persistir e jamais desistir.

Mesmo com sua visão perfeita, sua velocidade incomum e poderosa envergadura, a águia falha em 90% de suas tentativas de caça. Só que ela não desiste nem fica desencorajada em subir novamente ao alto e tentar de novo. Dessa forma ela persiste até conseguir agarrar a presa.

Pr. Enádio.


sábado, 16 de fevereiro de 2013

Curso de Treinamento de Líderes e Suplentes de Grupos Familiares



Nesta segunda-feira, dia 18, iniciaremos nosso Treinamento de Líderes e Suplentes de Grupos Familiares. Você candidato não pode perder! Será às 20h.


Manual de Treinamento de Líderes e Suplentes de GFs


Clique aqui para fazer o download: 
http://www.4shared.com/office/_4eD7x4m/MTLS_Grupos_Familiares.htm


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Jesus, A Fonte que te Sacia



* Palavra ministrada no Acampamento 2013 das Igrejas Eterna Aliança em Petrolina/Pe.

Leia João 4.1-26.

Na época de Cristo, Israel era dividido em três grandes regiões: Judéia, ao Sul; Samaria no Centro; e Galiléia, ao Norte. Era na Judéia que estava Jerusalém, o centro político e religioso. Samaria e Galiléia, esta última de onde Jesus e grande parte de seus discípulos vieram, eram regiões mais desprezadas. Sempre que se viajava da Judéia para a Galiléia, passava-se por Samaria. Foi numa viagem dessas que Jesus, atravessando o território samaritano, ao meio-dia, cansado, parou junto a uma fonte na cidade de Sicar. Aquela era a Fonte de Jacó. Foi nessa parada que Jesus teve contato com uma mulher samaritana que veio ali tirar água. Jesus inicia um diálogo com ela pedindo água, pois não tinha como tirá-la do poço.

Nisto, veio uma mulher samaritana tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber. Pois seus discípulos tinham ido à cidade para comprar alimentos. Então, lhe disse a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana (porque os judeus não se dão com os samaritanos)? Replicou-lhe Jesus: Se conheceras o dom de Deus e quem é o que te pede: dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva (João 4.7-10).

Quando esta mulher foi até aquele poço tirar água, ela encontrou a verdadeira fonte que é Jesus. Jesus é a Fonte, o Poço que sacia nossas vidas. Ali, ao pé daquela fonte, ao dialogar com esta mulher, duas barreiras foram quebradas:
  1. A barreira da exclusão. Ele falou com uma mulher. Mulheres não eram inclusas na sociedade da época. Não podiam opinar nem conversar com estranhos. Jesus promove a inclusão dos excluídos, daqueles que ninguém se importa (Salmos 113.7-9).
  2. As barreiras da alma. Ele conversou com uma samaritana. Os judeus odiavam os samaritanos, pois eles eram israelitas que não foram levados para exílio pelos assírios e que se casaram com povos pagãos, portanto, aos olhos dos judeus, uma raça mestiça, considerada inferior por eles. Em contrapartida, os samaritanos eram ressentidos com os judeus. Jesus quebra as barreiras do preconceito, ódio e da amargura (ressentimentos). Você pode estar aqui hoje machucado, ferido, se sentindo mal amado ou a pior pessoa do mundo, mas Jesus te acolhe (Salmo 147.2-4). Ele nos ensina a perdoar, levantar nossa cabeça e seguir em frente.
 Jesus disse que Dele, a Fonte, jorra água viva. De água viva era chamada naquela época as águas potáveis. Essas águas eram tiradas de poços profundos. Muitas fontes têm dado água contaminada. São as fontes que jorram pecado, medo, desprezo e miséria. Muitas vezes você tomou água dessas fontes, mas não saciou sua sede. Quem se aproxima de Jesus e vai fundo em Sua Palavra, tem água potável, que é a Salvação. A salvação aqui na Terra do medo, do desprezo e da miséria e, por fim, a Vida Eterna.

Respondeu-lhe ela: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva? És tu, porventura, maior do que Jacó, o nosso pai, que nos deu o poço, do qual ele mesmo bebeu, e, bem assim, seus filhos, e seu gado? Afirmou-lhe Jesus: Quem beber desta água tornará a ter sede; aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna. Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água para que eu não mais tenha sede, nem precise vir aqui buscá-la. (João 4.11-15).

Depois do diálogo com Jesus e de perceber que Jesus a conhecia intimamente, ela o reconhece como um agente de Deus. A partir daí ela demonstra querer ir mais profundo ainda à fonte. Agora, não mais saciar a sede, mas conhecer a mais intensa, forte e íntima água da Fonte que é Jesus: o verdadeiro significado da adoração, que é adorá-Lo em espírito e em verdade (ver João 4.19-26). Darlene Zschech, líder do Hillsong United, o maior ministério de louvor do mundo, disse que “Adoração é o resultado do glorioso encontro entre o divino e o humano”. Segundo as palavras de outro pensador: “A verdadeira adoração é uma combinação de sacrifício e intimidade”.

Duas profundas verdades acerca da adoração:
  1. A verdadeira adoração move o Coração de Deus (Mateus 15.21-28);
  2. A verdadeira adoração nos leva a fazer todas as coisas como se fosse para Jesus, passamos a viver tudo para a Sua Glória. Paulo disse: Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim (Gálatas 2.20); A Bíblia, na paráfrase The Message (A Mensagem), diz: Pegue a sua vida diária e comum – seu dormir, comer, trabalhar e passear – e ponha diante do Senhor como oferta (Romanos 21.1).
 Conhecer Jesus é sinônimo de preenchimento de um vazio que é tão grande que só Ele pode saciar. Quando saciados, Ele nos leva a um estágio ainda mais profundo e intenso que é viver a adoração como um estilo de vida.

Pr. Enádio.