Ler Deuteronômio 1.19-33.
As Escrituras sempre nos encorajam a conquistas na
vida. Infelizmente, muitos vivem na pobreza espiritual e na derrota porque
deixam de se apossar de tudo quanto Deus preparou para uma vida vitoriosa.
Preferem abrir mão da luta, ao invés de encarar os desafios, passando a viver
na mediocridade. Isto é evidente no texto que acabamos de ler. Como eram
grandes as promessas do Senhor para os hebreus! Presenciaram a manifestação de
Deus no Egito, que os libertou com a Sua mão poderosa, após quatro séculos de
escravidão, para transformá-los numa nação cheia de esperança no futuro. Eles
iriam desfrutar de uma terra deleitosa, produtora do melhor que Deus poderia
oferecer! Mas, não, preferiram se acovardar e conviver com a mesmice e com
insignificância.
Após saírem do Egito, o povo hebreu se acampou aos
pés do monte Horebe, onde Deus deu a Moisés as tábuas da Lei, partindo depois
dali e passando a se acampar em Cades-Barnéia, Este lugar é um vale coberto por
vegetação, que fica no deserto de Zim; era um pequeno oásis, que na estação
chuvosa, se tornava bem irrigado e fértil. Ali, eles permaneceram por 37 anos.
Era bem aquém da Terra da Promessa, que “manava leite e mel”, mas já era um
lugar bem melhor do que o Egito. Dali o povo não mais prosseguiu. Deus tinha um
lugar de sonhos para eles, mas eles se contentaram com o mínimo.
Em Cades-Barnéia foi o cenário da rebelião de
Coré, dos murmúrios do povo e do florescimento da vara de Arão (Números 16–17).
Foi perto dali que Moisés feriu a rocha e a água jorrou (Números 20:7–11). Foi
também dali que Moisés enviou os doze espias, para olhar a terra de Canaã e
prestar um relatório sobre o lugar e como chegar até lá. Mesmo reconhecendo que
a era uma “terra dos sonhos”, dez dos doze espias voltaram de Canaã temerosos
com os habitantes da terra, contaminando o povo de medo e pessimismo. Foi neste
momento que eles tomaram a decisão de não prosseguir a caminhada rumo a Terra Prometida.
Cades-Barnéia foi o lugar de decisão. Não de uma decisão de prosseguir e
conquistar as promessas de Deus, mas a decisão de permanecer no pequeno e
limitado lugar que era muito menor do que estava preparado logo adiante.
Todos nós chegamos, na vida, a um lugar de decisão.
Num momento que devemos escolher prosseguir a caminhada ou ficar paralisado, condenado
a viver preso à insignificância.
Não foi assim com alguns homens de Deus que a
Bíblia relata. Nas Escrituras encontramos fatos narrados de personagens que
saíram da insignificância para a notoriedade, após tomar uma decisão de
desafiar. Dentre muitos, posso destacar:
* O valente GIDEÃO – Não se conformou com o
domínio do inimigo, e mesmo sendo a pessoa menos importante de uma família
simples, topou liderar seu povo na luta contra os invasores midianitas. Após a
extraordinária vitória, foi feito chefe de seu povo (Juízes 6.11 até 8.28);
* O
destemido DAVI
– Ousou duelar com o grande soldado filisteu Golias, pois não suportou ver seus
irmãos israelitas serem humilhados e o Seu Deus insultado. Resultado: ganhou
como recompensa riquezas, isenção de impostos para a família e a mão da filha
do rei (1 Samuel 17);
* O devotado
NEEMIAS -
Preferiu voltar e reconstruir os muros Jerusalém acima de qualquer “causa de
alegria” pessoal, deixando o cargo de copeiro do rei persa Artaxerxes. A
recompensa foi poder levar o povo judeu a não só reconstruir os muros da
cidade, mas também os da suas próprias vidas (Livro de Neemias);
* A rainha ESTER – Alcançou a
significância dos judeus exilados quando, de forma ousada, arriscando a própria
vida, interveio junto ao rei pelo seu povo, condenado ao extermínio (Ester
caps. 3 a 8).
E você? Qual a sua decisão? Ir adiante, para as
conquistas e notoriedade ou ficar no medo ou pessimismo, que a mediocridade e pobreza
espiritual?
Para você sair da pobreza espiritual e da insignificância,
você precisa:
1º DECIDIR
ESCOLHER ENTRE A ADORAÇÃO E O PECADO.
O profeta Elias indagou aos israelitas nestes
termos: “Até quando coxeareis entre dois pensamentos?
Se o SENHOR é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o” (1 Reis 18.21). Era um momento
de decisão para eles, que estavam duvidosos e em pecado. Elias queria
levá-los a reconstruir um altar de adoração a Deus em suas vidas.
Você
também é hoje desafiado a escolher se queres adorar a Deus e ser levado à Sua Presença,
com paz interior e consciência limpa ou aceitar se satisfazer com as migalhas
que o diabo dar, em formas de prazer transitório, satisfação efêmera e glória
terrena, neste mundo que “jaz no maligno” (1 João 5.19).
2º DESAFIAR
O IMPOSSÍVEL.
Nada acontecerá se você ficar parado. As promessas
de Deus se concretizarão, mas para isso acontecer, você precisa parar de se
lamentar e viver na mesmice. Saia da toca! Vá além dos limites. Após a morte de
Moisés, Josué conduziu o povo hebreu à conquista de Canaã, realizando o
impossível, que era ultrapassar as muralhas de Jericó e vencer os dominadores
da terra, e isso tudo com a sobrenatural mão de Deus (Livro de Josué).
Não fique estático, Deus te conduzirá em triunfo. Por isso, ore,
persevere, creia e ande!
3º DECIDIR
ENTRE A VIDA E A MORTE.
O que é que você deseja na eternidade? Viver ao
lado do Pai na Glória ou descer ao Inferno e viver para sempre em meio às dores
e ao desespero em saber que a chance foi perdida. Decida hoje que caminho
tomar: o Caminho da Vida (Jesus) ou o caminho da ilusão em achar que, no final,
Deus vai salvar a todos (Deuteronômio 30.19).
Os hebreus saídos do Egito tiveram a chance de
desfrutar de uma vida além do que puderam sonhar, mas não conseguiram vencer a
si próprio, pois a incredulidade e as dúvidas criadas nos seus corações os
impediram de prosseguir além de Cades-Barnéia. Num lugar em que teriam que
decidir pelo melhor, eles escolheram a mediocridade.
Seja você conhecido como um dos corajosos, que vai
além e escolhe adorar a Deus ao invés de comer as migalhas de Satanás. Seja um
dos que desafiam as impossibilidades e decide trilhar o Caminho da Graça,
enquanto outros estão paralisados e enganados pelos cantos e encantos desta terra
corrompida.
Naquele
que decidiu morrer por mim e por você,
Pr. Enádio.