Ler Marcos 7.1-23.
Quando você passou a vir à igreja
talvez alguns crentes começaram a lhe impor várias coisas. Tem gente que é
crente, mas nunca moveu uma palha para nos trazer à igreja, contudo quando nos
convertemos, vieram com várias “regrinhas” do que pode ou não pode. Os fariseus
eram assim: impunham ordenanças sobre as pessoas, mas eles mesmos não as
cumpriam. O próprio Jesus não se preocupou com estas tradições, combatendo o
“cerimonialismo”. Observar rituais estava tão impregnado na vida dos religiosos
que eles chegavam ao ponto de obrigarem a todos os judeus a vivenciá-los e
coloca-los num grau de importância acima dos maiores mandamentos de Deus.
O texto que lemos fala dos rituais
de purificação constantes na tradição dos anciãos, os quais foram usados pelos
fariseus para criticarem os discípulos de Jesus. Aliás, os fariseus , como
algumas pessoas que conhecemos, amavam bisbilhotar e dar “pitaco” na vida
alheia. Em resposta e eles, Jesus disse que o que contamina o homem não é o que
entra e sim o que sai (Marcos 7.15). Ele não apenas estava falando dos
alimentos que entram no nosso estômago, e sim o que querem nos impor a fazer ou
deixar de fazer, como usar ou não usar tal coisa, comer ou não comer tal
comida, ou ir ou não a certos lugares. O apóstolo Paulo, em sua Carta aos
Colossenses, escreveu:
Já que vocês morreram com Cristo para os princípios elementares deste
mundo, por que, como se ainda pertencessem a ele, vocês se submetem a regras:
“Não manuseie!”, “Não prove!”, “Não toque!”? Todas essas coisas estão
destinadas a perecer pelo uso, pois se baseiam em mandamentos e ensinos
humanos. Essas regras têm, de fato, aparência de sabedoria, com sua pretensa
religiosidade, falsa humildade e severidade com o corpo, mas não têm valor
algum para refrear os impulsos da carne (Colossenses 2.20-23 - NVI).
Certos inconvenientes fariseus
dos dias de hoje querem colocar ordenanças em nossas vidas como se estas coisas
nos santificassem. A santidade não pode ser apenas aparente, mas no interior.
Jesus disse que o que contamina é o que está dentro, que nasce no coração e
colocamos para fora. A Palavra de Deus diz que enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente
corrupto; quem o conhecerá? (Jeremias 17.9). O coração do homem é profundamente corrompido
pelo pecado. Devemos buscar em Deus controle sobre as intenções do coração,
pois é dele, como afirmou Jesus, que procedem os maus desígnios, a prostituição,
os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a
lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura (Marcos 7.21-22), e que todos estes males vêm de dentro e
contaminam o homem (Marcos 7.23).
O sábio rei Salomão disse: Acima de tudo, guarde o seu coração, pois
dele depende toda a sua vida (Provérbios 4.23 - NVI). É sério isso! Se você
quer viver uma vida de paz, alegria e de crescimento, guarde seu coração, ao
contrário, virão ruínas sobre você. Todo pecado é concebido primeiro dentro de
nós, e quando não o repreendemos já em nossa mente, mas o alimentamos, ele dá à
luz ao erro. Parece gostoso e agradável, mas o seu fim é a morte.
Torço para que vivamos uma vida
de observância à Palavra de Deus. Que importa vestir um “saião”, ter um
“cabelão”, como alguns homens que não poder vestir um “short”, mas meu coração
e mente ser corrompido por maus pensamentos e ter um comportamento dúbio. Que
possamos ter um coração puro e verdadeiro diante de Deus e dos homens.
Pr. Enádio Ferreira.